Há alguns anos eu ouvi uma história que sempre foi muito significativa pra mim.
Um sábio estava com seus discípulos e lhes disse o seguinte: 'Dentro de cada um de nós existem dois tipos de lobos. Um bom e um ruim. Um nos leva a fazer coisas boas, agradáveis e o outro exatamente o oposto.
Um de seus discípulos pergunto: 'Como fazemos para matar o lobo ruim.'
O sábio respondeu. 'Só há uma forma de matá-lo. É deixando de alimentá-lo.
Obviamente com o tempo a história sofre alterações de palavras, falas, personagens e até animais... Mas isso é como mais ou menos me lembro. A explicação óbvia é a seguinte: As nossas vontades, desejos carnais, vícios, tudo aquilo que acaba conosco, tudo aquilo que nos faze sermos descuidados conosco é ação do lobo ruim. E aquilo que é agradável, nossa obediência aos nossos pais, à Deus, tudo isso faz parte do lobo bom. Para matar o lobo ruim devemos deixar de fazer aquilo que agrada a nossa carne, aquilo que nos faz mal.
É simples.
Parece até ser fácil.
Mas não é.
Ninguém fala do processo.
Quando um animal está faminto o que ele faz? Como ele fica? Desesperado. Ele precisa se alimentar, ele topa qualquer coisa, pode ser até uma migalha, mas ele não pode morrer.
E é exatamente assim a nossa carne.
O mais difícil não é dizer não a nossa carne. E sim sustentar isso até o final.
E não tem tempo determinado.
Não estou falando de fazer isso por uma semana, dois meses, quatro anos... E sim o resto da vida.
Porque uma brecha que você dá, uma isca que você joga para o lobo faminto que pode até estar quase morto é o suficiente para ele voltar.
A vigilância deve ser constante.
Talvez você diz "Nani, errei. Cometi um erro e alimentei o lobo de novo." Filha, levante-se, nada de drama. Ninguém é perfeito. Sacode a poeira e faça a coisa certa.
Mate o lobo de inanição.
Chega de alimentá-lo.
O processo é dolorido. Seu corpo grita. Sua carne grita. Parece insuportável.
Eu sei como é.
Eu já passei por isso e ainda passo.
Mas é uma "dor necessária". Porque não há nada pior que ceder e depois reconhecer que você poderia ter conseguido, poderia ter resistido. Poderia ter posto mais força.
Empenhe-se. Vale a pena.
De que vale fazer algo que te destrói? Que te desvaloriza? Manter o lobo ruim vivo não vale a pena. Não à custa da sua própria alma.
Quanto mais você se distanciar do lobo ruim e deixar o lobo bom tomar conta de você, mais próxima de Deus você estará.
E minha amiga, é isso que importa.
Então...
Posição.
Pegue sua espada.
Lute.
Você pode!
Sei que não é um lobo, mas tá valendo.


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